Relatório do 2º Trimestre de 2019, do Observatório da Guerra e Militarismo

Introdução

Com este relatório, damos continuidade ao nosso compromisso de fazer uma análise periódica, situando em contexto as notícias e as tomadas de posição, que fomos recolhendo e colocando no site, ao longo deste período. Neste texto, os números entre parêntesis são de referências correspondentes no site. Por decisão do coletivo, não introduzimos referências externas ao nosso site. Seria muito difícil – de outro modo – construir o texto em tempo curto, ou seja, na semana imediata ao período considerado, de 1º de abril a 30 de junho de 2019.

Como sempre, estamos abertos às vossas ajudas, sob forma de contribuições de artigos – próprios ou de outras fontes – assim como traduções. Não haverá, desta vez, sessão de apresentação deste relatório do 2º trimestre, por ser época de férias de Verão.  

  1. Mundo Mediterrânico, Médio Oriente e Ásia Central

As ações bélicas de maior envergadura e gravidade continuam a ocorrer na zona do Médio Oriente, onde se situam vários países com vastos recursos energéticos fósseis e por onde transita uma grande parte dos produtos petrolíferos para abastecer o resto do mundo.

O longo rescaldo na Síria

Na martirizada Síria, assiste-se a uma guerra inacabada (87), apesar da derrota dos bandos armados do ISIS (4, 44) e de outros grupos «rebeldes», apoiados pelos aliados dos EUA na região.  O epílogo poderia ser menos mortífero e haver um acordo de paz, visto que tanto a Rússia, como o Irão, a Turquia e uma grande parte dos grupos de sírios da oposição, estariam em condições de negociar um acordo de paz aceitável para todos os intervenientes. Mas, isso é o que os EUA mais temem; a sua estratégia é realmente a do caos (20), especialmente nos territórios que não consegue colocar sob seu controlo.

A Líbia é refém de exércitos mercenários

Na Líbia, assiste-se à guerra dum exército insurgente (do general Haftar), controlado pelos EUA (6,13), contra o governo de Tripoli, reconhecido pela ONU, governo este instalado e apoiado pelo Ocidente. Este país transformou-se num exemplo terrível e assustador de como as potências neocoloniais (92, 94) podem criar um «não Estado», dilacerado por fações rivais.

A Palestina é colocada entre a «espada e a parede»

Com a (ainda mais) íntima relação do poder de Washington com o governo de direita de Israel (49), desenvolve-se – neste momento – uma manobra de fazer passar como proposta de acordo Israel /Palestina, aquilo que seria a completa transformação e legalização dos Territórios Ocupados, não numa Nação Palestiniana, mas antes numa série de «bantustões», controlados pelo exército de Israel, o qual ficaria com as melhores terras e recursos hídricos, oficialmente atribuídos aos colonatos. O Ocidente, tão rápido a condenar as violações dos direitos humanos nos países que não lhe são submissos, tem sido surdo e cego às atrocidades em Gaza (58) e a toda a situação gerada (26,37, 103). O povo palestiniano precisa da solidariedade das pessoas, na Europa e nos EUA, para obrigar os seus governos a fazer pressão forte sobre Israel, para impedir a continuidade dos crimes de guerra (70), que se traduzem num lento genocídio da população palestiniana.

No Iémen, a população é sujeita à barbárie dos sauditas e emirados

Na realidade, a «guerra» não é mais do que uma série de atos de genocídio (44, 50, 110) contra as populações civis indefesas. Estes crimes de guerra (67) dos sauditas e dos emirados, destinam-se a «limpar» o terreno, para poderem explorar as abundantes jazidas de petróleo intocadas, que existem neste país. Isto faz-se com armas e bombas britânicas, americanas, francesas e de muitos outros (14, 73). Mas faz-se – também – com o silêncio cúmplice, a recusa em noticiar a real dimensão da catástrofe humanitária (72) na média, controlada pelos grandes interesses.   

O Irão resiste a tornar-se a próxima presa dos imperialistas

O Irão não irá cair (68) nas provocações de toda a espécie que os americanos lhe têm feito, desde a retirada unilateral destes do acordo para prevenir o desenvolvimento de armas nucleares na república islâmica. Primeiro, impuseram sanções que significam a impossibilidade de o Irão comerciar o petróleo. Como esta matéria-prima é quase a única fonte de rendimento deste país, esta impossibilidade equivale à morte lenta por inanição (61,62). Felizmente, este embargo à venda do petróleo apenas poderá ser parcial, pois a Rússia, a China, a Turquia mas, igualmente, a Alemanha, a França, o Reino-Unido, entre outros, não aceitam a imposição unilateral dos americanos.

A provocação com os petroleiros «sabotados» – à vista de toda a gente – por «iranianos», era uma operação de falsa bandeira demasiado óbvia (99,100). Também falhou a provocação imediatamente a seguir, com um drone-espião americano (107, 108). A alegação de que o drone teria sido abatido em zona internacional e não sobre as águas territoriais do Irão, também foi desmascarada, como sendo uma mentira óbvia. Os americanos estão a ser fortemente influenciados pelos israelitas, para agirem com máxima agressividade, em relação ao Irão.    

II- Corrida aos Armamentos

Segundo Manlio Dinucci (48), «… a despesa militar dos EUA, em 2018, chega a cerca de 1 trilião de dólares. Como despesa per capita, é equivalente a 3.000 (três mil) dólares por habitante dos Estados Unidos.» Esta despesa deve ser confrontada com a situação calamitosa de muitas infraestruturas nos próprios EUA, carentes de reparação ou modernização e, sobretudo, com a enorme percentagem de cidadãos dos EUA abaixo do limiar da pobreza.

A orgia de despesa militar é efetivamente puxada pela «locomotiva dos EUA», mas ela também significa pressionar os países aliados a aumentarem as suas despesas em equipamento e armamento sofisticados (31,32,76, 81). Além do mais, esta nova estratégia é propriamente suicida (35,36,71). Isto justifica que se desenvolva, com a maior energia, uma campanha internacional contra a corrida aos armamentos (24). Tanto em relação à Turquia (97,102), como em relação aos outros países da NATO, os EUA têm exigido – não apenas que o nível de despesa em armamento seja mais elevado – como também, que este seja «Made in USA».

Não se deve esquecer que, uma grande parte do negócio ocidental de armas, é para o fornecimento de armamento sofisticado a países em desenvolvimento, geralmente regimes opressivos, alguns até causadores de genocídios (12,13,14, 66).

A nova corrida aos armamentos, agora desencadeada, desenvolve-se em todo o mundo: os adversários dos EUA – a Rússia e a China, sobretudo – confrontados com atitudes hostis constantes nas suas fronteiras, desenvolveram respostas ao nível correspondente, por exemplo, através de mísseis capazes de furar as defesas inimigas. Mas, todos vão obter novas armas, idênticas ou semelhantes, que tornarão obsoletas as armas dos adversários, numa espiral sem fim. 

A doutrina do Pentágono e da NATO (8,19), de que é possível uma guerra nuclear «limitada» e de que esta poderá ser desencadeada em primeiro lugar e não em resposta dum ataque grave da parte contrária, é que tem «justificado» a produção de armamento dito nuclear «tático»  (8, 53, 54),  um perigo tanto maior, quanto a sua efetiva utilização parece ser considerada como uma hipótese válida, num confronto militar «limitado».

Tudo tem sido feito, por parte das forças militaristas e hegemónicas que controlam o Pentágono e a NATO (77), para eliminar as salvaguardas – laboriosamente negociadas durante o período da Guerra Fria nº1 – que evitavam o desenvolvimento e/ou o posicionamento de armamentos, que pusessem em causa o equilíbrio estratégico entre as duas super-potências. A não renovação dos acordos de mísseis estratégicos, assim como a denúncia do acordo sobre mísseis de alcance intermédio, estão a desencadear uma aceleração das despesas militares, sobretudo da investigação, com vista a contrabalançar os novos desafios no terreno.

Apesar de maior número de pessoas se mobilizar contra a guerra (24, 73), a população de muitos países continua dormente, incapaz de compreender a gravidade da situação. Com efeito, são múltiplos os focos de tensão susceptíveis de desencadear uma deflagração geral. O constante apoio ocidental a uma das partes (115), na guerra civil na Ucrânia, com o objectivo claro de manter a pressão da NATO nas fronteiras da Rússia, ou ainda, o cerco e provocações constantes ao Irão, incluindo o drone-espião dos EUA (108), abatido pela defesa iraniana nas suas águas territoriais, configuram situações de tensão duma gravidade extrema. Qualquer erro pontual de uma das partes, poderá desencadear uma deflagração mundial. 

Segundo especialistas em geoestratégia, a gravidade do momento é semelhante à dos piores momentos da Guerra Fria nº1 (Crise dos mísseis em Cuba em 1962). Mas, ao contrário dessa altura, agora existem meios muito mais eficazes de controlo e de adormecimento.

Hoje em dia, as poucas vozes que se erguem, denunciando atrocidades em Gaza ou na Líbia, têm um eco insuficiente nos povos (12,13, 89, 103). A escandalosa venda de armamento, efetuada pelos europeus, à Arábia Saudita (14), utilizado na guerra criminosa e no genocídio no Iémen, contraria frontalmente a narrativa ocidental de «defensores dos direitos humanos».  Porém, a fraca consciência destes factos no público, mostra como é difícil levar a cabo a desmontagem, denúncia e desmascaramento, não obstante os verdadeiros heróis do nosso tempo, que são Chelsea Manning, Julian Assange (85) e Edward Snowden (84).

Talvez as armas mais letais sejam a manipulação e o controlo social em massa, pois tornam possíveis o aumento de despesas para a guerra e o aumento dos arsenais, convencional e nuclear.

III – A NATO

A NATO, aliança agressiva e instrumento de guerra dos EUA, foi sujeita a análise crítica (1, 9) em Florença, no início de Abril, por ocasião dos seus 70 anos. Os participantes deste encontro produziram uma declaração final (21), com a qual este «Observatório da Guerra e Militarismo» exprimiu pública concordância. Note-se que existem desenvolvimentos inquietantes, anteriores e posteriores a esta data, que confirmam a justeza da análise feita na cidade italiana. Como exemplos da justeza do ponto de vista expresso em Florência, podemos citar:

– A pressão constante de Washington sobre os seus aliados, para estes aumentarem os seus orçamentos da defesa (19, 24, 36);

– Os pretextos falaciosos, da parte da NATO, para terminar em Agosto deste ano a vigência do acordo de armas nucleares intermédias com a Rússia (31), com consequências imediatas de aumento dos riscos de confronto nuclear, em especial, no teatro europeu (54);

– A continuação da expansão da NATO, muito para lá do território europeu, seguindo a diretiva da potência hegemónica, enquanto guardiã dos interesses ocidentais, onde quer que se situem (77).

– Os exercícios agressivos, de grande dimensão, com papel claramente provocatório, intensificaram-se nestes últimos meses (77, 115).

A estes traços somam-se a pressão sobre os membros recalcitrantes, nomeadamente a Turquia; vai ao ponto de negar a própria soberania deste país em adquirir os mísseis Russos S-400 (95, 97, 102), alegando que estes sistemas «são incompatíveis» com os caças F-35. Trata-se de uma clara chantagem, método que se vem generalizando como forma de Washington lidar com os seus aliados, inclusive de membros da União Europeia (113). Por este motivo, cresce o descontentamento das populações em relação à NATO (23), o que – infelizmente – não tem ainda consequências significativas na mudança de políticas dos governos. Com efeito, a construção de um «exército europeu», a verificar-se, será apenas para aliviar os contingentes dos EUA, estacionados na Europa, não será – de forma nenhuma – um processo dos países europeus da NATO se verem livres das bases americanas nos seus territórios respetivos (65, 75). A iniciativa do «pilar de defesa europeia» é «vendida» ao público, como sinal de independência e de autonomia. Na verdade, isto mostra que a casta dirigente destes países sabe perfeitamente que a NATO se tornou, nos últimos tempos, mais impopular, para não dizer odiada e temida, pelos povos, muito apesar da propaganda pró-NATO, que inunda quotidianamente a média corporativa e governamental (101). 

PORTUGAL na NATO

No contexto europeu da NATO, Portugal tem desempenhado um papel discreto, não se destacando nas notícias nem nas análises, quanto ao seu papel e o das suas forças militares, integradas em dispositivos da aliança. Apenas algo é noticiado quando surgem incidentes (63,78, 80). O público – em geral – não faz a mínima ideia de que missões as forças armadas portuguesas estão incumbidas, no estrangeiro (41); muito menos lhe dizem que tais missões nada têm que ver com a segurança e defesa do próprio país (32, 33, 36, 105). As aquisições de material e equipamento bélico, num país com imensas carências nas suas infraestruturas civis, mostra quais as verdadeiras prioridades deste governo, dito socialista. Mais preocupante ainda é o progressivo – e discreto – processo de militarização das forças policiais, por um lado e, por outro, a admissão de que as forças armadas serão chamadas a intervir dentro do país (83), lado a lado com as forças policiais, face ao «perigo terrorista». É sabido que, nesta expressão, cabe tudo o que eles quiserem lá meter. A continuidade da sujeição de Portugal explica por que razão o Ministro da Defesa afirma, em entrevista, que «o exército europeu é uma metáfora» (2). Pode dar-se ao luxo de dizer a verdade, neste aspecto:  não há probabilidade do tal exército existir mais do que «no papel», nos próximos tempos. Também se depreende que este tal exército europeu – a existir, algum dia – apenas seja o pilar europeu da NATO e nada mais, decepcionando aqueles que quereriam ver independências quiméricas da União Europeia, em relação aos EUA.

IV- GUERRA ECONÓMICA

Perante a evidente incapacidade em manter sob a sua tutela direta as mais vastas regiões do globo, como tem sido demonstrado pelo enorme fracasso da ocupação do Afeganistão, do Iraque e doutros pontos onde os exércitos dos EUA e os seus aliados têm tentado manter a «Pax Americana», a escolha, sobretudo desde a presidência de Obama e continuando sob a presidência de Trump, virou-se para dois tipos de intervenção, que não implicam «botas no terreno» (pelo menos, em grandes escala): subversão dos regimes ou guerra por procuração; sanções económicas unilaterais.

A subversão não tem sido totalmente eficaz, como se pode verificar em relação ao ISIS (para o Iraque e a Síria), ou a oposição na Venezuela bolivariana, ou ainda o golpe de Maidan na Ucrânia. As «primaveras árabes», no tempo em que Hillary Clinton foi Secretária de Estado, também pertencem a esta categoria de tentativas fracassadas de mudanças de regimes. Estas formas de ingerência usam sempre o mesmo guião: Aproveitam-se de grupos que manifestam descontentamento com o governo dum país não alinhado com Washington. Alimentam discretamente tal movimento com apoios, ao nível diplomático, financeiro, mas – também – de armamento. Perante a reação do Estado, que está a ser atacado desta maneira, promovem campanhas denunciando «violações dos direitos humanos» e impondo sanções e bloqueio (16). Numa segunda fase, podem tentar deslegitimar o referido governo e mesmo ameaçar com um golpe, com uma invasão, caso as sanções não sejam suficientes. Tem sido claramente assim, no caso da Venezuela (42), mas o mesmo guião foi usado noutros casos.

As sanções económicas unilaterais são – portanto – a arma preferida, pois elas implicam um prejuízo sério nos países que pretendem atingir. Também intimidam outros países, incluindo os aliados (na realidade, vassalos), obrigando-os a obedecer ao «diktat» de Washington, sob pena das mesmas lhes serem aplicadas, também.

Este processo de usar a arma económica deve-se ao controlo, pelos EUA, das transações financeiras e comerciais. Na sua grande maioria – pelo menos 70% das transações comerciais e financeiras internacionais- são (ainda) efetuadas em dólares. Por este motivo estratégico, além do maior controlo sobre os câmbios das suas próprias divisas, é que múltiplos países envolvidos nas Novas Rotas da Seda, com a Rússia e a China à cabeça, estão a desenvolver meios alternativos de pagamento (91), assim como transações usando as suas respetivas moedas nacionais.

Assinale-se que a Europa compreende perfeitamente (59) que está a ser chantageada. Mesmo os governos mais pró-NATO, sabem que terão de entrar em confronto com os EUA, de uma forma ou de outra, se não quiserem ver as suas economias estranguladas, a sua liberdade de estabelecer acordos e trocas comerciais posta em causa, etc. Mas, estão ainda incapazes de fazer uma frente unificada a este processo de chantagem e de extorsão mafioso: Os europeus são confrontados com a exigência de pagarem a «proteção» que os americanos lhes fornecem, com os seus exércitos, bases da NATO, incluindo os mísseis nucleares, instalados em diversos pontos estratégicos da Europa.

A guerra económica tem sido o instrumento preferencial, no caso de confrontar as outras grandes potências (Rússia e China) com as quais os EUA estão em confronto direto (98). Estas potências são demasiado poderosas para os EUA contemplarem a hipótese de uma guerra de invasão. A confrontação militar tem «apenas» consistido em colocar mísseis nucleares apontados, perto das fronteiras destes países imensos e em cercá-los com um colar de bases militares, equipadas com armas e meios de espionagem sofisticados. Tentam, sempre que têm oportunidade, «revoluções coloridas» nas periferias destas potências. Também recorrem à subversão interna, quer na Rússia, quer na China. 

A proibição de comerciar com o Irão é uma arma de dois gumes, pois muitas potências estão profundamente insatisfeitas por não terem a possibilidade de comprar o petróleo a Teerão, um dos grandes produtores mundiais. Aliás, suas reservas são bem maiores que as das monarquias árabes, incluindo as da Arábia Saudita. [Note-se que motivação dos sauditas – ao imiscuírem-se na guerra civil no Iémen – era sobretudo apoderarem-se das reservas de petróleo do lado iemenita da fronteira, praticamente intocadas.] Devido a estas sanções unilaterais e ao facto dos países europeus se manterem signatários do acordo nuclear com o Irão, está em desenvolvimento um mecanismo de pagamento, evitando o SWIFT – o sistema de pagamentos internacionais, com sede na Bélgica, mas cujo controlo é exercido pelos grandes bancos dos EUA.

No caso Huawei, a grande pressão exercida pelos EUA sobre a China, nos finais do ano anterior e acentuada ao longo dos primeiros meses de 2019, foi um erro grave da administração Trump (56), provavelmente, devido à influência dos elementos «neocon» no seu governo. A China (64) nunca iria ceder, em termos de guerra de tarifas, ou até iniciar uma negociação, sem que fosse encaminhada a resolução do caso Huawei (15).

No geral, a economia do mundo inteiro acaba por sofrer com as guerras comerciais. Muitos países, mesmo aqueles cujos dirigentes se alinham com os EUA (35), têm sido vítimas das guerras dos outros, como é o caso do Brasil (74), mas também da União Europeia (34). Quanto à política de sanções unilaterais, além de ser ilegal e mortífera, é ineficaz (106), pelo que as populações dos países visados são as que sofrem as consequências, mas não tem os propalados efeitos no enfraquecimento dos regimes ou na perda de popularidade de seus dirigentes. Vistas como punição coletiva e indiscriminada, causam o reflexo de união das populações em torno dos seus regimes respetivos. Os regimes de Cuba, ou da Coreia do Norte, viveram durante décadas e vivem atualmente sob sanções dos EUA, sem que isso faça perigar a sua continuidade.

V- LISTA DE LINKS DOS ARTIGOS PUBLICADOS NO OBSERVATÓRIO – 2ºTRIMESTRE 2019

116-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/30/estados-unidos-ameacam-a-europa-escolham-entre-nos-ou-eles/#more-1871

115- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/27/ajuda-militar-americana-a-ucrania/

114- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/26/no-g-20-russia-india-china-vao-captar-as-atencoes/

113- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/25/a-europa-na-estrategia-nuclear-do-pentagono/

112- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/23/cartas-de-bagdad-ou-a-crueza-da-guerra/

111- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/23/abaixo-assinado-em-defesa-das-ilhas-galapagos/

110-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/23/iemen-guerra-provoca-o-maior-surto-de-colera-da-historia-da-humanidade/

109- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/22/1816/

108- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/21/crise-drone-norte-americano-abatido-pelo-irao/

107- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/21/trump-cancela-ataque-ao-irao/

106-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/18/sancoes-dos-eua-sabotagem-economica-mortifera-ilegal-e-ineficaz/

105-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/18/marinha-americana-e-militares-lusos-realizaram-treino-conjunto-na-costa-portuguesa/

104- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/18/__trashed-2/

103- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/16/organizacao-mundial-de-saude-publica-relatorio-sobre-situacao-em-gaza/

102-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/16/analise-turquia-poderia-fechar-radar-de-alerta-precoce-de-misseis-da-nato/

101-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/15/entrevista-a-michel-chossudovsky-sem-desinformacao-a-nato-desmoronar-se-ia/

100-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/14/os-ataques-aos-petroleiros-no-golfo-de-oman-sao-um-caso-de-falsa-bandeira/

99-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/13/ataques-a-petroleiros-no-estreito-de-ormuz-poem-em-risco-a-paz-mundial/

98- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/12/russia-china-a-cimeira-que-nao-faz-noticia/

97-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/12/turquia-reage-a-pressao-dos-eua-sobre-compra-de-misseis-russos-s-400/

96- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/10/primeiro-ministro-da-malasia-abre-caixa-de-pandora-politica-da-ucrania/

95-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/09/pentagono-diz-estar-desapontado-com-decisao-da-turquia-em-relacao-aos-sistemas-s-400/

94- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/07/a-nova-crise-na-libia-petroleo-poder-e-o-papel-do-imperialismo/

93-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/07/o-servico-militar-prejudica-a-saude-advertem-investigadores-americanos/

92- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/07/como-a-franca-alimenta-a-guerra-civil-na-libia/

91-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/06/acordos-entre-china-e-russia-utilizacao-de-suas-moedas-nacionais-nas-trocas/

90-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/05/acordos-multiplos-e-aprofundamento-de-alianca-estrategica-entre-russia-e-china/

89- https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/05/cresce-a-resistencia-a-guerra-entre-os-estivadores-europeus/

88-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/04/quem-ira-testemunhar-no-tribunal-do-kosovo-pergunta-o-homem-que-revelou-o-trafico-de-orgaos/

87-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/04/exercito-governamental-liberta-4-povoados-dos-terroristas-na-siria/

86-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/04/reuniao-do-grupo-de-bilderberg-2019-veja-a-lista-dos-participantes-abaixo/

85-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/03/o-estado-implacavel-um-artigo-de-craig-murray-sobre-julian-assange/

84-https://ogmfp.wordpress.com/2019/06/02/snowden-com-a-tecnologia-as-instituicoes-construiram-o-meio-mais-eficaz-de-controlo-social-na-historia-da-nossa-especie/

83-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/30/cemgfa-confirma-que-protocolo-para-patrulhas-conjuntas-policiais-e-militares-pronto-a-assinar/

82- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/30/1672/

81- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/29/a-arte-da-guerra-o-navio-de-assalto-dos-novos-cruzados/

80- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/28/as-vantagens-do-servico-militar/

79- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/28/estatuto-de-privilegio-para-alguns-militares/

78-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/27/disturbios-psiquiatricos-e-disciplina-exercito-tira-dois-militares-da-republica-centro-africana/

77- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/26/a-nova-estrategia-da-nato/

76- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/25/trump-inventa-falsa-emergencia-para-vender-armas/

75- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/24/dinheiro-da-ue-para-pesquisas-militares/

74-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/24/sobrou-pro-brasil-guerra-das-telecomunicacoes-eua-china-ja-causa-efeitos-colaterais/

73- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/22/genova-estivadores-resistem-a-guerra/

72-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/22/iemem-apelo-a-comunidade-internacional-feito-por-activista-dos-direitos-humanos/

71- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/22/rand-corp-como-abater-a-russia/

70-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/22/criminosos-de-guerra-israelitas-suas-palavras-mesmas-os-acusam/

69-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/20/expulsao-e-prisoes-ilegais-na-embaixada-da-venezuela-em-washington/

68-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/19/nao-havera-guerra-apesar-do-desejo-de-aliados-de-trump-diz-chanceler-do-irao/

67- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/17/nova-escalada-de-violencia-no-iemen/

66- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/17/drones-turcos-matam-na-libia/

65- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/16/um-exercito-europeu-por-cima-da-nato-a-uniao-europeia-atribui-e13-bilioes-para-fundo-de-defesa-apesar-de-pressoes-dos-eua/

64- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/16/a-guerra-comercial-entre-os-eua-e-a-china-em-desenvolvimento/

63- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/15/militar-nos-cuidados-intensivos-devido-a-treino/

62- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/15/querem-mesmo-destruir-o-irao/

61- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/14/irao-sofrerao-muitissimo-ameaca-trump/

60- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/14/guaido-quer-comunicacao-directa-com-militares-americanos/

59- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/14/a-europa-nao-precisa-ceder-perante-a-chantagem-dos-eua/

58-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/14/ocupamos-as-ruas-de-tel-aviv-para-exigir-o-fim-do-cerco-de-gaza/

57- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/14/espanha-retira-fragata-de-esquadra-americana-por-aumento-de-tensoes-entre-eua-e-irao/

56- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/13/trump-ja-perdeu-a-guerra-comercial-com-a-china/

55-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/12/john-quincy-adams-avisou-que-washington-iria-tornar-se-a-ditadura-mundial/

54- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/10/era-nuclear-a-humanidade-esta-a-namoriscar-com-a-extincao/

53- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/10/martin-luther-king-e-a-bomba/

52- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/09/1512/

51-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/08/arpao-um-submarino-alguma-confusao-e-uma-demissao/

50-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/08/medicos-sem-fronteiras-alertam-para-a-grave-situacao-no-iemem/

49-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/08/israel-continua-a-representar-o-papel-de-vitima-e-a-media-ocidental-reforca/

48- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/07/a-arte-da-guerra/

47- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/06/como-a-cnn-mente-sobre-a-venezuela/

46-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/06/os-eua-precisam-desesperadamente-de-um-novo-secretario-de-estado%ef%bb%bf/

45- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/06/venezuela-guaido-pondera-pedir-invasao/

44-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/06/ken-livinstone-sobre-o-genocidio-em-curso-no-iemene-com-a-colaboracao-do-ocidente/

43- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/05/fallujah-esquecida-%ef%bb%bf/

42-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/01/as-sancoes-economicas-como-punicao-colectiva-o-caso-da-venezuela/

41-https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/01/lei-de-programacao-militar-aprovada-na-especialidade/

40- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/01/especial-venezuela/

39- https://ogmfp.wordpress.com/2019/05/01/fundador-da-blackwater-empresa-de-mercenarios/

38- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/30/a-arte-da-guerra-operacao-aliciamento-das-mentes/

37-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/29/mais-prematuros-e-recem-nascidos-com-defeitos-congenitos-devido-aos-bombardeamentos-na-faixa-de-gaza/

36- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/29/despesa-militar-com-um-maximo-em-tres-decadas/

35- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/29/estados-unidos-ameacam-a-paz-mundial/

34- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/27/a-uniao-europeia-e-forcada-a-participar-nas-guerras-dos-eua/

33-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/27/reportagem-sobre-contaminacao-radioactiva-na-proximidade-de-base-americana-nos-acores/

32- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/26/portugal-compra-12-drones-militares-americanos/

31-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/26/a-italia-e-a-uniao-europeia-votam-a-favor-dos-misseis-dos-estados-unidos-na-europa/

30- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/25/ruanda-1994-a-mecanica-do-racismo-no-genocidio/

29- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/25/licoes-do-passado/

28- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/24/apoiamos-a-declaracao-de-florenca-7-abril-2019/

27- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/23/putin-poseidon-drones-e-tsunamis/

26-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/23/jovens-de-gaza-pedem-ajuda-em-garrafas-lancadas-ao-mar/

25- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/23/%ef%bb%bfa-estrategia-do-caos-dirigido/

24- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/22/campanha-global-contra-os-gastos-militares-2019/

23- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/22/milhares-marcham-pela-paz-na-alemanha/

22- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/22/os-caes-ladram-a-caravana-passa/

21-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/21/declaracao-de-florenca-criando-uma-frente-internacional-destinada-a-saida-da-nato/

20- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/21/washington-faz-guerra-a-paz-na-siria/

19- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/20/contribuicoes-para-a-nato/

18-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/17/airbnb-e-outras-operadoras-colaboram-com-a-ocupacao-da-palestina-denuncia-a-amnistia-internacional/

17- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/17/eles-querem-manter-tudo-secreto-roger-waters-sobre-assange/

16-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/17/portugal-conivente-no-agravamento-da-crise-humanitaria-na-venezuela/

15-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/16/huawei-riposta-a-guerra-levada-pelos-eua-contra-a-empresa-chinesa/

14-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/15/iemen-papers-a-franca-e-paises-da-nato-apoiam-sauditas/

13- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/14/sauditas-doam-milhoes-para-a-guerra-na-libia/

12-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/14/frontex-testa-em-portugal-drones-que-foram-utilizados-para-matar-em-gaza/

11-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/13/o-mundo-indigna-se-e-exige-a-libertacao-de-julian-assange-e-de-chelsea-manning/

10- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/12/assassinios-colaterais-revelados-por-wikileaks/

9- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/11/70-anos-da-nato/

8-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/10/a-arma-mais-perigosa-de-todos-os-tempos-sai-da-cadeia-de-montagem-do-nuclear/

7-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/10/no-jogo-de-go-a-china-tem-5000-anos-de-avanco%ef%bb%bf/

6- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/10/americanos-mexem-os-cordelinhos-na-libia/

5-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/10/portugal-contribui-com-cerca-de-200-milhoes-para-futuro-fundo-europeu-de-defesa/

4- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/09/video-os-70-anos-da-nato/

3-https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/09/isis-al-quaida-no-medio-oriente-e-neo-nazis-na-ucrania-duas-faces-da-mesma-moeda/

2- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/08/o-exercito-europeu-e-so-uma-metafora/

1- https://ogmfp.wordpress.com/2019/04/08/70-anos-da-nato-imperialismo-ocidental/

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