Génova: estivadores resistem à guerra.

Durante uma manifestação no porto de Génova em Itália, os sindicalistas das docas, fizeram tudo o que foi possível, para impedirem o embarque de geradores eléctricos num navio cargueiro saudita o «Bahri-Yanbu», assumindo que essa carga serviria para fins militares.

Depois das peripécias do «Bahri-Yanbu» que iria carregar “oito canhões franceses do tipo Caesar” no porto do Havre a 10 de Maio (como revelado pelo site de investigação Divulgar), o que acabou por não acontecer, devido à controvérsia levantada pela opinião pública na França, foi agora a vez de uma outra entrega ser interceptada em Itália, no porto de Génova em 20 e 21 de Maio.

Os sindicatos italianos expressaram sua recusa em carregar os geradores eléctricos, que seriam depois entregues à Arábia Saudita, por terem fins militares. Os estivadores ameaçaram mesmo que atacariam o navio antes de ele deixar o porto. “Não seremos cúmplices do que está a acontecer no Iémen”, disse o dirigente sindical, referindo-se à guerra que grassa no país desde 2014, feita por uma coligação liderada por Riad. Apesar de todos os seus esforços para impedir que o barco atracasse, tal não foi possível, mas a carga acabou por ficar em terra.

A 9 de Maio, dezenas de activistas, incluindo ONG’s e partidos políticos como a França Insubmissa, o Partido Comunista Françês (PCF), o Novo Partido Anticapitalista (NPA) e os Europe Ecology Greens (EELV) reuniram-se no porto do Havre para protestar contra a venda de armas francesas à Arábia Saudita.

RT France

Tradução de António Pereira

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