O maior gastador – os EUA – tem primeiro aumento desde 2010
O mundo gastou 1,8 triliões de dólares com as forças armadas em 2018. Os EUA aparecem em primeiro lugar, enquanto alguns aliados da NATO, também têm aumentado os seus orçamentos bélicos citando a ameaça de Moscovo, embora a Rússia tenha diminuído a sua despesa militar.
O ano passado foi imensamente bem sucedido para a indústria bélica, de acordo com o Instituto de Investigação Internacional para a Paz de Estocolmo (SIPRI). Segundo seu último relatório, publicado na Segunda-feira, a despesa militar global subiu 2.6 porcento para atingir o seu nível mais elevado desde 1988, quando os investigadores começaram a recolher dados.rg
Os maiores gastadores foram
1) EUA
2) China
3) Arábia Saudita
4) Índia
5) França
Juntos, correspondem a 60% da despesa militar global. Os novos dados do SIPRI sobre despesa militar são visíveis agora, aqui: http://bit.ly/2L1w6MF #MILEX #GDAMS685:00 AM – Apr 29, 201997 people are talking about thisTwitter Ads info and privacy
A despesa militar dos EUA elevou-se a 649 biliões de dólares no ano passado, o que corresponde a 36% do total mundial. Washington ultrapassa o seu rival mais próximo, a China, em quase 200 %. Também gastou quase tanto como as próximas oito nações combinadas.
A subida da despesa militar foi estimulada pelo exacerbar da rivalidade entre os EUA e a China, assim como pela tensão na Ásia, em que a Índia aumentou a sua despesa de 3.1 % e o Paquistão de 11 %.
“As tensões entre países asiáticos assim como entre a China e os EUA foram os factores principais do contínuo crescimento de despesas militares na região” disse Pieter Wezeman, um membro destacado do programa do SIPRI de Armamento e Despesas Militares.
Enquanto Washington tem sido o líder das tabelas durante anos, no ano anterior ainda subiu mais a parada, ao aumentar a sua despesa militar desde 2010. A subida com as despesas da defesa é um reflexo directo da política da administração Trump, segundo o SIPRI.
“O aumento da despesa dos EUA foi devida à implementação, a partir de 2017, de novos programas de compra de armas sob a administração Trump,” fez notar a Drª Aude Fleurant, directora do SIPRI AMEX.
Mantendo-se dentro de uma tendência crescente durante 24 anos, a China aumentou a sua despesa em 5%. No entanto, o ritmo do seu crescimento tem diminuído desde o mínimo em 1994. Ao todo, Pequim facturou cerca de 250 biliões de dólares para cobrir necessidades militares.
Apesar de um decréscimo record de despesa militar de 6%, a Arábia Saudita manteve a terceira posição, tendo gasto 67.6 biliões de dólares. A Índia ficou em quarto lugar, com 66.5 biliões de dólares, seguida pela França com 63.8 biliões.
A Rússia desceu dois lugares para ficar em sexto, com um gasto de cerca de 61.4 biliões em despesas militares em 2018, menos 3.5% do que em 2017. Embora os números indiquem que Moscovo não tem estimulado a nova corrida aos armamentos, o relatório do SIPRI menciona a subida elevada da despesa militar da Polónia (crescimento de 8.9%), dos países bálticos, da Bulgária e da Roménia e de vários outros, devido a medo dos russos.
“Os aumentos da Europa Central e de Leste são, em grande parte, devidos à crescente percepção da Rússia como ameaça,” afirmou Wezeman.
Embora Trump tenha sido responsável pelo drástico aumento do orçamento do Pentágono e da NATO, o presidente dos EUA lamentou recentemente que o dinheiro seria melhor gasto noutro lado, apelando à China e à Rússia para “se juntarem a nós” e parar de “fazer essas armas.”
Se o mundo gastasse este dinheiro noutra coisa, esta soma corresponderia a 2.1 % do Produto Interno Bruto (PIB) global ou 239 dólares por pessoa, segundo o relatório do SIPRI.
Observatório da Guerra e do Militarismo 
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